CERVEJA - A SENHORA DOS BARES
Autor: Revista Sabor
Bebe-se cerveja em qualquer estação, e o verão a consagra naquela garrafa esbranquiçada, quase congelada, ou seja, estupidamente gelada.
A bebida agrada tanto os que querem apenas molhar a garganta quanto os apreciadores apurados, que gostam de explorar os mistérios, a sofisticação, as peculiaridades. Muitos preferem goles em temperatura amena, com atenção às sensações do palato tomado pela mistura de puro malte de cevada, lúpulo e água. Esses são os ingredientes que, junto à levedura, criam o quarteto mágico da Reinheitsgebot ou Lei da Pureza, criada em 1516 pelo duque Guilherme IV da Baviera, a quem os cervejeiros alemães orgulhosamente reverenciam.
Os grupos e confrarias de apreciadores da cerveja estão em crescimento, sempre à espera de um produto novo que aguce a curiosidade e o conhecimento sobre fórmulas alternativas da bebida. ?Está acontecendo com a cerveja o mesmo que houve com o vinho na década passada. As pessoas querem apreciar o diferencial da bebida?, afirma o advogado Jorge Gitzler, integrante da Confraria da Cerveja criada no ano passado por associados veteranos da Sociedade Ginástica Porto Alegre (Sogipa).
De oito anos para cá, especialmente no Sul e Sudeste, ressurgiram fábricas artesanais de cerveja, renovando um estilo quase extinto depois das décadas de 1940 e 1950, quando muitas foram absorvidas por grandes indústrias. As microcervejarias abastecem uma demanda que estava reprimida?, observa Gitzler.
Atento ao novo mercado, o empresário Marcelo Levandowski abriu, em outubro de 2004, a Cervejaria Água de Beber, no Centro de Porto Alegre. A clientela tem as marcas tradicionais e é convidada a experimentar as artesanais. Cada tipo é servido em seu copo adequado ? tal como na Alemanha e na Bélgica, que exibem uma bela variedade, desde as tulipas grandes e pequenas àqueles que lembram taças de vinhos.
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